sábia mão artesã
ciranda as palavras encobertas pelo joio da penúria
e atravessa circular as paredes do mundo
nela há uma planície com borbotões de água límpida
os olhares quebrantados da pobreza
cintila de dores calejada numa letra escorreita de substantivos
e sobra sempre dos poemas
ponta solta de sons livres encadeados numa melodia intemporal
é esta força graciosa humilde mas sublime
do ardor na terra, no ferro, no vidro, na malha
em toda a manhã que abre os sentidos povoados de ambição.
(01.05.2009)
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